Mostrar mensagens com a etiqueta Homofobia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Homofobia. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Uma Manifestação Pública

de Discriminação com Base na Orientação Sexual

MANIFESTAÇÃO PELO CASAMENTO PELA FAMÍLIA (LISBOA, 20 DE FEVEREIRO DE 2010)

Cada um é livre de viver com os seus estereótipos mas antes de se achar no direito de obrigar os outros a viver em função deles

devia ler o

Artigo 13.º da Constituição da República Portuguesa

sábado, 22 de agosto de 2009

Klecius Borges - Terapeuta afirmativo para gays, lésbicas e bissexuais

Em seu novo livro, "Terapia Afirmativa: uma introdução à psicologia e à psicoterapia dirigida a gays, lésbicas e bissexuais", o psicólogo Klecius Borges faz um histórico dessa prática de clínica iniciada nos anos 70/80 nos Estados Unidos e introduzida no Brasil pelo próprio especialista no fim dos anos 90.

Apesar de ser uma obra dirigida a psicólogos e psicanalistas, qualquer um pode ler e fazer uso dela para algumas situações cotidianas, ou até para compreender certos dramas que vivemos. Klecius esmiúça os conflitos existenciais e aponta a homofobia externa e a heteronormatividade como causadoras de boa parte das depressões entre gays e lésbicas.

Além de tratar das depressões e opressões, a obra faz um retrato histórico da psicologia homossexual (nos Estados Unidos é conhecida como Lesbian and gay psychology). Segundo o autor, a teoria surgiu em 1979 com o intuito de apresentar a homossexualidade como algo natural, posto que na época as relações entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas uma doença.

Klecius diz que a psicologia voltada para homosexuais ganhou espaço e credibilidade quando em 1985 a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a dotar o termo homossexualidade e não mais homossexualismo. A partir desse momento o estudo "sobre homossexualidade deixou de ser simplesmente a demonstração de sua normalidade e passou a abranger inúmeras outras questões relativas à vida de lésbicas, gays e bissexuais."

A homofobia e a identidade gay

A obra conta que o termo homofobia foi cunhado por Weinberg no final da década de 1960 para caracterizar os sentimentos de medo, aversão, ódio e repulsa que alguns heterossexuais têm por homossexuais. Porém, o termo ganhou outros contornos e hoje não é usado mais apenas para designar um tipo de fobia, mas sim para atitudes preconceituosas. Hoje, segundo o livro, alguns psicólogos, principalmente nos Estados Unidos, usam a palavra homoignorante. E o que a terapia afirmativa faz frente tal sintoma, o da homofobia? E o que esta faz com os homossexuais que sofrem com isso?

Em seu livro anterior, "Desiguais", Klecius Borges já havia apontado a homofobia internalizada (gays que tem preconceito consigo mesmo ou pessoas enrustidas com alto grau de homofobia) e que tal sintoma leva as pessoas gays ou lésbicas a se tornarem anti-sociais, a ter forte compulsão por drogas e objetos e outros problemas sociais. Todos estes problemas apontados têm alto grau de relação com a depressão.

Assim, Borges acredita que do "ponto de vista da terapia afirmativa, a homofobia é o núcleo central do trabalho terapêutico com os pacientes gays". Outro problema que o psicólogo aponta é a negação do paciente em assumir que sofre de homofobia internalizada. Isso se deve porque o "gay vive num ambiente heterocentrado e homofóbico, ele é constantemente bombardeado com mensagens negativas sobre a sua natureza". Dessa maneira, é praticamente impossível os homossexuais não internalizarem tais sentimentos negativos.

Outro dado importante relatado no livro é a importância do assumir-se gay. Esse rito, segundo Klecius Borges, é o "mais importante fator para uma resolução psíquica satisfatória, não é à toa que se costuma dizer entre os gays que determinada pessoas é 'bem resolvida', indicando que ela não tem conflitos com sua identidade sexual".

A psicóloga australiana, Vivienne Cass, propôs um modelo de formação de identidade baseado em seis estágios. Mas o autor explica que nem todas as pessoas seguem a ordem e alguns estagnam em alguma delas.

Os estágios são: 1- Confusão de identidade; 2- Comparação de identidade, onde o indivíduo começa a aceitar ser homossexual; 3- Tolerância da identidade, o sujeito começa a se integrar à comunidade; 4- Aceitação da identidade, o indivíduo aceita e não apenas tolera; 5- Orgulho da identidade, aqui ele começa a afrontar pessoas homofóbicas; 6- Síntese de identidade, ele percebe que nem todo mundo é homofóbico.

De forma delicada Klecius toca no assunto álcool e drogas. Pondera que tal realidade se abate em qualquer pessoa, independente de sua orientação sexual. "Mas alguns estudos indicam que entre gays e lésbicas a droga adquire características particulares", ressalta. Segundo o autor os gays, diferente dos héteros, continuam a se drogar na maturidade e muitas vezes arrastam parra a velhice, principalmente aqueles que são abatidos pela solidão. Entre as drogas mais consumidas está a maconha, barbitúricos e anfetaminas. Adivinha quem é a mola propulsora disso? Sim, a homofobia, pois na "tentativa de aliviar ansiedade e a depressão causada pelo sofrimento imposto aos gays, o álcool e as drogas se tornam poderosos aliados destes", lembra o psicólogo.

Livro "Terapia afirmativa" aponta homofobia social como o grande mal dos gays

Klecius Borges

terça-feira, 12 de maio de 2009

Movimento gay luta pela aprovação de lei que criminaliza homofobia

Rio de Janeiro, Brasil, 12 Mai (Lusa) - A poucos dias de comemorar a data que marca o combate à homofobia, no próximo dia 17, o movimento brasileiro de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) concentra esforços na aprovação de uma lei contra a discriminação por orientação sexual.

As atenções de pelo menos 200 organizações que lutam pela liberdade de orientação sexual no Brasil voltam-se, no próximo quarta-feira, para o Senado brasileiro na expectativa de que seja votado e aprovado o projecto de lei 5003/2001, que mais tarde se tornou o projecto de lei da Câmara (PLC) 122/2006, que propõe a criminalização da homofobia.

A chamada "lei da homofobia", cujo projecto estava pronto desde 2006 à espera de ser votado, no entanto, segundo Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), enfrenta obstáculos que atrasam a entrada do documento na agenda do Senado.

Movimento gay luta pela aprovação de lei que criminaliza homofobia

sábado, 9 de maio de 2009

O “casamento” dos homossexuais

Embora não fosse surpresa para ninguém, o certo é que causou em certo impacto social, a informação veiculada pela Direcção-Geral da Saúde, através da Internet, de que durante o ano de 2008, voltaram a decrescer os nascimentos em Portugal, nomeadamente no Interior do País, onde se manteve a tendência decrescente da taxa de natalidade, face aos valores do ano anterior, o que significa, sem tirar nem pôr, que há menos bebés a nasceram no nosso País.

Tanto as autarquias, como os Centros de Saúde, estão devidamente alertados para este facto, chamando-se, constantemente, a atenção, para a desertificação que está a acentuar-se, no Interior do País, com todas as perniciosas consequências que daí advêm.

Muitos dos presidentes de Câmaras, numa desesperada, mas louvável, tentativa de inverterem esta situação, já criaram incentivos, não só para se processar o aumento da natalidade, como para a fixação de jovens nos seus concelhos, oferecendo-lhes terrenos, a preços simbólicos e facultando-lhes projectos de construção de casas e até crédito e auxílios vários para poderem edificar as suas próprias habitações. Mas até agora, tudo tem resultado em vão. E, para agravar a situação, surgiu a ideia luminosa, do Ministério da Saúde, de encerrar grande número de maternidade, obrigando a que muitos portugueses nasçam em reduzidos e incómodos espaços de ambulâncias de bombeiros voluntários e outros tivessem de, pela primeira vez, ver a luz do dia, em Badajoz.

Mas o problema não é só de agora, pois já vem de longe. Em 2001, nasceram em Portugal, apenas 112.825 nados vivos, ou seja, menos 7.246 do que no ano de 2000. Daí para cá, os nascimentos têm vindo sempre a decrescer.

Isto deve preocupar todos os portugueses, onde há uma população envelhecida. E mais deve inquietar ainda, quando vemos parte da Juventude Socialista, o Bloco de Esquerda e seus afins, a lutarem, desesperadamente, para que sejam legalizados os chamados “casamentos dos homossexuais”.

Estaremos na raia da loucura, em auto-gestão? Será deste modo que se incentivarão os jovens a terem mais rebentos biológicos?

Para que não restem dúvidas, veja-se algumas das declarações, respigadas dum discurso político do líder da Juventude Socialista, Duarte Cordeiro proferidas no último Congresso do Porto e transmitidas na TSF, às 16H51, do dia 20 de Julho de 2008: “O casamento homossexual é uma imposição do princípio da igualdade, acreditando que o PS se empenhará na defesa, desta causa. Deparamos com uma das poucas desigualdades existentes na Lei, impondo-se a alteração, a vários níveis”. Logo de seguida, Duarte Cordeiro asseverou, peremptoriamente: “Trata-se da felicidade de milhares de pessoas deste País”. Duarte Cordeiro reafirmou, mais tarde, aos órgãos da Comunicação Social que “os jovens socialistas estão vivamente empenhados nesta batalha, pelos direitos fundamentais dos cidadãos e cidadãs homossexuais, embora estejamos cientes que a alteração da Lei se deva através da força reformista do PS e do seu empenho na defesa das liberdades em democracia”. Bonita tirada, não há dúvida… Só que, temos seguro conhecimento de que grande parte dos militantes socialistas, jovens e não jovens, não parecem muito dispostos a comungarem desta opinião do líder da JS. Nada nos admira esta atitude. Caso contrário, ficaríamos desolados, ao saber que as maiores preocupações deste grande partido, eram assim tão redutoras e tão pouco ambiciosas. Como é possível, havendo problemas tão graves, a resolver n a nossa sociedade, como seja o desemprego, onde 70 mil jovens licenciados procuram ocupação; onde todas as semanas há fábricas e encerrarem os seus portões e espaços comerciais a ficarem insolventes; onde a fome já é uma triste realidade; onde os leques salariais são uma verdadeira afronta e um desolador ultraje a quem trabalha: onde os assaltos, à mão armada, são o pão nosso de cada dia: onde a Justiça perdeu toda a credibilidade; onde se faz para destruir a Família e diluir os alicerces fundamentais do matrimónio; onde o empobrecimento do erário público é já uma preocupante realidade, à vista de quem quer que seja: o sistema bancário está periclitando; onde tudo isto acontece, a Juventude Socialista abstrai-se de todas estas “bagatelas” e concentra toda a sua estuante força e sinergia partidária, no “casamento dos homossexuais”. Até parece que oficializando a união pelo “casamento”, de dois homens ou de duas mulheres, conhecidos em linguagem popular por “larilas” e por “lésbicas”, todos os problemas ficam resolvidos. Será esta, a preocupação mais premente da Juventude Socialista? Eu não acredito. Até porque, a grande maioria da mocidade socialista, não defende tão aberrantes e mesmo dentro do PS, há, felizmente, uma grande corrente que repudia esta forma de pensar, à frente dos quais se situa a deputada Maria do Rosário Carneiro.

Se já há poucos nascimentos, com os chamados “casamentos homossexuais”, então o número de nasciturnos desceria drasticamente. Será assim que a JS deseja contribuir para atenuar a desertificação do Interior do País? Será que a JS vai organizar manifestações, colóquios e comícios para pederastas e lésbicas? Será que vamos assistir a marchas de GAY’s, integrados nas campanhas eleitorais e na propaganda socialista, nos próximos actos eleitorais?

Muitos desatinos, disparates e loucuras, têm acontecido, ultimamente, neste País, cada vez mais decadente, corrupto, desacreditando e endividado.

Uns, levando instituições de crédito à falência e outros atentando contra ancestrais valores morais e princípios de ética social, numa tentativa de destruição da célula básica de todas as Sociedades, que é a FAMÍLIA.

Neste pélago de desvarios, nem sequer temos, uma Oposição forte destemida e contundente. Se tivéssemos líderes à altura, frontais e tenazes quando José Sócrates invectivou Manuela Ferreira Leite, alegando que o PS era um Partido de Liberdades e não era conservador (alusão presumível aos “casamentos dos homossexuais”), a líder dos Sociais Democratas poderia ter retrucado, de maneira estentórea e com certa retumbância, em defesa da democraticidade do seu Partido de sempre e onde José Sócrates também já militou. Mas não. Talvez com receio de perder os votos …


Por: Fabião Baptista

O “casamento” dos homossexuais

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Aceitam-se Protótipos de Guarda-Chuva

Em plena época de crise, a NOM , gasta cerca de 1,5 milhões de dólares numa campanha publicitária para "proteger o casamento".

Para além do já referido The Colbert Coalition's Anti-Gay Marriage Ad

O site Funny or Die criou também a paródia "A Gaythering Storm" convidando algumas celebridades como; Alicia Silverstone, Sarah Chalke, Sophia Bush, Lance Bass, George Takei e Jason Lewis.



E para fazer face a esta tenebrosa tempestade aceitam-se sugestões para protótipos de guarda-chuva em

Giant Gay Repellent Umbrella

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Boy, 11, commits suicide after gay taunts



An 11-year-old boy from Massachusetts, US, killed himself after he was repeatedly bullied by classmates who bombarded him with anti-gay taunts.

Carl Joseph Walker-Hoover was found dead at his Springfield home last Monday night. He had hanged himself with an extension cable.

His mother, Sirdeaner L Walker, 44, found him when she returned home from a church service.

She said last week that he had been relentlessly bullied at the New Leadership Charter School for more than six months, with other students calling him gay, a 'fag' and making fun of his clothes.

However, the school blamed the incidents on "immaturity" and Carl was too scared to reveal who the perpetrators were, she said.

Ms Walker, a director of homeless aid programmes, added she had contacted the school repeatedly in an effort to stop the bullying.

Speaking to ABC News, she said: ""I am broken-hearted. We worry about the economy and about Iraq, but we need to be worried about our schools.

"I am determined for the rest of my life to advocate on behalf of students who are voiceless and silent.

"I have been homeless, but Carl and I made it through. I was a victim of domestic violence and we made it through. The one thing we couldn't get through was public school."

In 2007, 17-year-old Eric Mohat of Mentor, Ohio, shot himself after suffering from years of homophobic bullying.

Like Carl Walker-Hoover, he did not identify as gay but was targeted by bullies who called him 'fag', 'queer' and 'homo'.

Eric's parents, William and Janis Mohat, announced last week they have filed a lawsuit against Mentor High School for failing to protect him from the physical and verbal abuse he endured.

They have said they are not seeking money, and are instead hoping to have their son's death recognised as "bullicide", along with the school implementing an anti-bullying programme.

Boy, 11, commits suicide after gay taunts

There is a storm gathering



NOM- The National Organization for Marriage

National Organization for Marriage

The National Organization for Marriage surgiu em 2007 com o objectivo de defender o casamento, ou melhor, de fazer oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Livros com tema gay removidos dos rankings da Amazon

Por Daniel Reifferscheid - jpn@icicom.up.pt

Durante o fim-de-semana, vários livros com temáticas homossexuais desapareceram dos rankings de mais vendidos da loja online da Amazon.

Um "erro de catalogação". Foi esta a justificação apresentada pela Amazon quanto à remoção de livros que incidem sobre o tema da homossexualidade das tabelas de mais vendidos do site.

Recusando quaisquer acusações de censura em relação ao sucedido deste fim-de-semana, a empresa salientou, esta segunda-feira, que o erro também afectou outro género de livros. 57.310 obras foram removidas das listagens de best sellers, incluindo muitas que não incluem qualquer temática gay, salientaram.

Por detrás do incidente pode estar um hacker com o cognome de Weev, algo que a Amazon recusa. Em declarações à "PC World", Weev afirmou ser o responsável pela acção. O hacker esclarece que conseguiu alterar os conteúdos do site, utilizando uma aplicação da Amazon que permite aos utilizadores alertar o serviço para conteúdos inapropriados.

Um pequeno grupo de queixas seria o suficiente para tirar um livro das listagens dos mais vendidos. Por isso, o hacker terá criado um script que selecciona todos os livros de temática homossexual e, juntamente com parceiros anónimos, terá enviado queixas suficientes para os eliminar das listagens. De notar que a aplicação mencionada já não se encontra nas páginas da Amazon.

O caso começou a dar que falar este fim-de-semana, quando vários utilizadores notaram que obras com temáticas homossexuais tinham sido removidas das tabelas de mais vendidos. Mark Probst, autor do livro The Filly (uma das obras afectadas por esta situação) entrou, até, em contacto com a Amazon.

A resposta não se fez tardar. Segundo um post no seu livejournal, Probst conta que a Amazon o alertou para a política da empresa de "excluir material adulto de algumas procuras e listagens de best sellers".

Polémica chegou ao Twitter

Esta situação - que segundo Probst afectou "centenas" de livros com tema gay, incluindo obras direccionadas para crianças e jovens adultos - criou imediatamente polémica.

No Twitter, vários autores de renome participaram numa discussão (utilizando a hashtag #amazonfail) sobre o sucedido. Neil Gaiman, autor de obras como Sandman e Coraline, definiu a situação como "uma falha completa e total" por parte do serviço, mas notou também que "tudo aconteceu em algumas horas num Domingo de Páscoa". "Temos que dar tempo à Amazon para tratar do assunto", concluiu. Segundo Probst, no entanto, as primeiras obras já tinham sido removidas na sexta feira.

Contactado pelo JPN, Sérgio Vitorino, presidente das Panteras Rosa, diz que o assunto "ainda não está esclarecido". Admite que a explicação da Amazon, sendo oficial, "tem que ter valor", mas nota que esta foi feita "com base no que sabiam" e que "não há explicação completa" para o caso.

Curar a homossexualidade

Vários utilizadores notaram também que, pesquisando a palavra "homossexualidade" na Amazon, o primeiro resultado é "A Parent's Guide To Preventing Homosexuality" de Joseph Nicolosi e Linda Ames, um livro que pretende "ajudar os pais a dar uma fundação saudável para a identidade heterossexual dos seus filhos".

Algo semelhante ocorre na filial britânica Amazon.uk. Como primeiro resultado da mesma pesquisa surge o livro "Can Homosexuality Be Healed?" de Francis McNutt.

Também na alemã Amazon.de, é a obra "Selbstherapie Von Homosexualitaet" ("Autoterapia da Homossexualidade") de Gerard J.M. van den Arrdweg que surge em primeiro lugar.

Na Europa, apenas a filial francesa não apresenta como primeiro resultado um livro que reflicta uma atitude negativa perante a homossexualidade. Na mesma busca, surge na dianteira a obra "Comprendre L'Homosexualité" de Marina Castaneda.

Nas declarações feitas, a Amazon não explicitou se estes resultados fazem parte do erro mencionado. Os resultados de pesquisa mantêm-se idênticos até à data corrente.

in JPN

sábado, 14 de março de 2009

Observatório de Homofobia/Transfobia na Saúde

Já foi discriminado/a num hospital ou num centro de saúde?

O seu médico/a pergunta-lhe se tem namorado quando o que tem é namorada?

Já escondeu algum problema de saúde por ser gay?

Insistem em chamar-lhe Manuel quando quer ser chamada Maria?

Sente confiança em falar da sua orientação sexual / identidade de género com um/a profissional de saúde?

Se já se sentiu discriminado/a ou presenciou alguma situação de discriminação relacionada com orientação sexual e identidade de género, num estabelecimento de saúde, clique aqui:

Observatório de Homofobia/Transfobia na Saúde - Introdução

Observatório de Homofobia/Transfobia na Saúde - Questionário

A Associação Médicos Pela Escolha criou o Observatório de Homofobia e Transfobia na Saúde com o objectivo de recolher depoimentos para estudar o verdadeiro impacto da discriminação vivida por homossexuais (gays e lésbicas), bissexuais e trangéneros em estabelecimentos de saúde em Portugal - sejam estes do Serviço Nacional de Saúde ou entidades prestadoras de cuidados de carácter privado.

Queremos dar voz àqueles que foram alvo de discriminação devido à sua orientação sexual e/ou à sua identidade e género e reportar todas essas situações que tenham ocorrido para entidades competentes. Desta forma pensamos ser possível implementar medidas e estratégias para melhorar a prestação de cuidados de saúde e ultrapassar desigualdades no acesso à saúde em Portugal.

Com um questionário online acessível a todos os cidadãos e cidadãs, disponível neste site,, pretendemos que os utentes dos serviços de saúde denunciem situações de homofobia ou transfobia por si vividas ou presenciadas.

Não hesite! Responda ao questionário e/ou escreva-nos para ObservatorioLGBT.mpe@gmail.com

quarta-feira, 11 de março de 2009

Relatório sobre Homofobia e Transfobia nas Escolas em Portugal

O Observatório de Educação LGBT foi criado com o intuito de dar voz e reportar situações de discriminação respeitantes aos temas da orientação sexual e identidade de género bem como ocorrências de veiculação de informação incorrecta, preconceituosa e atentatória dos direitos humanos e da dignidade das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgéneras (LGBT), que tenham ocorrido em estabelecimentos escolares em Portugal.

O Relatório de 2008 apresenta os resultados de 92 formulários recebidos entre Outubro de 2006 e Outubro de 2008, de jovens a partir dos 15 anos a adultos na casa dos 30/40 anos, na sua maioria alunos, mas também professores e funcionários. A localização primordial é nos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, que perfazem 50% das queixas recebidas. Estas queixas mostram que a agressão está presente a vários níveis: principalmente agressão verbal e psicológica mas também um número alarmante indica ser testemunha ou vítima de agressão física. A agressão, quando existe, é de forma marcadamente continuada, sendo a maioria relatada com uma ocorrência superior a 5 vezes. Algumas das consequências apontadas são isolamento, baixa auto-estima e agressividade contra terceiros chegando em alguns casos a ocorrer auto-mutilação e tentativa de suicídio. A adaptação e a integração das vítimas no ambiente escolar é difícil e há mesmo 6 jovens que indicam abandono do sistema educativo devido à discriminação sofrida. Mais de 90% dos participantes reportam a ideia de negação por parte do sistema de ensino português em incorporar conteúdos curriculares sobre a orientação sexual e a identidade de género. Apenas 7 participantes apresentaram qualquer tipo de denúncia das incidências ocorridas e dos que o fizeram apenas 2 referem ter obtido um resultado positivo.

“Presenciei um confronto entre uma funcionária auxiliar de educação e duas amigas minhas, ambas lésbicas. A referida auxiliar chamou-lhes nomes, embaraçou-as em público perante outros alunos e tomou comportamentos altamente discriminatórios, rompendo pela sala de aulas dessas duas alunas e provocando-as ou agredindo-as, com comentários desrespeituosos. Nunca houve uma resposta da escola no sentido de protecção dessas alunas, nem uma declaração da escola sobre esta e outras formas de discriminação, nem uma conversa com a auxiliar e o sequente pedido de desculpas da mesma a essas alunas. Lamentável e revoltante. (18M G Lisboa)”

“Tive colegas que apesar de eu nunca o ter dito, sabiam que eu era homossexual e gozavam com isso. Em certas ocasiões outros colegas, mais educados que os primeiros, saiam em minha defesa e tentavam silenciar os outros, mas sempre com uma atitude de comprometimento, como se não quisessem ser vistos a tomar a parte do homossexual. E no meio disto tudo tornou-se difícil discernir qual das atitudes me magoou mais. (19M G Braga)”

Através deste estudo, a rede ex aequo confirmou que a discriminação com base na orientação sexual e identidade de género está presente nas nossas escolas e que as agressões no espaço escolar contribuem seriamente para situações de baixa auto-estima, isolamento, depressões e ideação e tentativas de suicídio, assim como para o insucesso e abandono escolar de muitos jovens LGBT. Estes resultados, que vão ao encontro de estudos feitos por todo o mundo, não podem ser ignorados e demonstram as consequências da ausência de uma educação para o respeito e para a promoção da dignidade das pessoas LGBT nos currículos, nas salas de aula, no espaço escolar e em geral.

A rede ex aequo apela para que sejam tomadas medidas pelo Ministério da Educação e outros órgãos competentes de modo a garantir a segurança e o bem-estar da juventude LGBT no espaço escolar, e não só. Ao ignorar estes problemas estamos a pôr também em questão o próprio desenvolvimento do país e a promoção de uma cidadania plena para todos.

fonte: Rede Ex-aequo - Versão on line
aqui