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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Marcha LGBT vai contestar discriminações no casamento e na adopção

A Marcha do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual, e Transgénero (LGBT), a realizar dia 11 no Porto, vai ter como mote o combate à discriminação legal de pessoas com aquelas orientações sexuais quanto ao casamento e à adopção de crianças, disse hoje fonte da organização


João Paulo, dirigente da PortugalGay, co-organizadora da Marcha LGBT, referiu à Lusa que pessoas com orientação sexual LGBT constituem famílias «que se amam, que se respeitam, que constroem uma vida em comum mas que, no final, não são reconhecidas como tal».

«Por isso vivem um presente e um futuro incertos», sublinhou.

O dirigente da PortugalGay recordou um ícone da luta pela não discriminação de pessoas LGBT, a transexual Gisberta Salce Júnior, que vivia como uma sem-abrigo, num prédio abandonado da cidade do Porto e que morreu na sequência de sevícias praticadas por menores, em 2006.

O psiquiatra Daniel Sampaio, o dirigente do Bloco de Esquerda José Soeiro e Luís Grave Rodrigues, da Associação Ateísta Portuguesa são, segundo a organização, alguns dos padrinhos da marcha do Porto.

O leque das figuras que apoiam publicamente a iniciativa integra ainda os co-autores de uma emissão televisiva sobre sexualidades no Porto Canal, Manuel Damas e Maria José Guedes, a cineasta Raquel Freire e a argumentista Regina Guimarães.

A marcha do dia 11, a quarta do género na cidade do Porto, vai iniciar-se às 15h na Praça da Republica e termina frente à Câmara Municipal do Porto.

«Na felicidade e na dor, o que faz a família é o amor», será uma das palavras de ordem a entoar pelos manifestantes.

Lusa / SOL

Marcha LGBT vai contestar discriminações no casamento e na adopção

segunda-feira, 22 de junho de 2009

"A maior marcha gay"

"A maior marcha gay, "a mais jovem e a mais diversa", terá juntado três mil pessoas
21.06.2009"
Andreia Sanches

"Comecem a falar com a vossa família. Comecem a sair do armário!", pediu a organização no final
Um casal gay empurra o carrinho de bebé rua abaixo, até ao Largo Camões, em Lisboa. "Não queremos fotografias, nem queremos dar o nome", explica um deles, um homem na casa dos 30, com uma voz tranquila, quando o PÚBLICO lhe pergunta se quer ser entrevistado. Respostas idênticas foram sendo dadas ontem, por alguns casais, que participaram na marcha do Orgulho LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais e transgénero), em Lisboa.
Em dez anos de marchas deste tipo, esta "foi a maior de sempre", segundo as associações que a organizaram - como a Ilga Portugal, a Associação Portuguesa para o Planeamento da Família e a Médicos pela Escolha. "E foi também a mais jovem, a mais diversa", nas palavras de Sérgio Vitorino, da associação Panteras Rosa. Mas ainda são muitos os que como aquele casal que adoptou uma criança no estrangeiro e a levou à marcha "pela igualdade" preferem o anonimato. Pelas mais diversas razões: alguém da família que não sabe da sua orientação sexual, o patrão que não vai gostar de ter um funcionário gay, ou, simplesmente, porque, como diz o homem de voz tranquila, "ainda é cedo para se falar da questão dos casais homossexuais que têm filhos". Será? Entre duas mil e três mil pessoas, nas contas da organização, reclamaram ontem o acesso ao casamento civil. "Casar ou não é nossa decisão." Mas também houve faixas, várias, a pedir o acesso dos casais gay à adopção de crianças: "Amar é amar, direito a adoptar". O ambiente, esse, foi de festa: adolescentes de mão dada, travestis com plumas, música, uma bandeira gigante com as cores do arco-íris. "Viram o Milk? (o filme de Gus van Sant que retrata a história do activista Harvey Milk). Façam o que ele disse. Comecem a falar com a vossa família. Comecem a falar com os vossos patrões, comecem a sair do armário! Este é um ano de luta", disse Sérgio Vitorino quando a marcha chegou ao Rossio, lembrando que este é um ano de eleições. E que o casamento gay é uma das promessas que o primeiro-ministro, José Sócratres, já fez para a próxima legislatura. E houve palmas."

fonte Público