sábado, 28 de março de 2009

Casas de abrigo para jovens gays e lésbicas expulsos pelas famílias


in JN


NUNO MIGUEL ROPIO
"Será uma versão homossexual dos cerca de 40 espaços de acolhimento existentes destinados às mulheres vítimas de violência doméstica, em Portugal, com o intuito de servir de emergência social nos casos de jovens gays e lésbicas expulsos pelos próprios pais, que rejeitam a orientação sexual dos filhos.


O Instituto da Segurança Social (ISS) vai apoiar a constituição destas casas de abrigo, de forma a colmatar o crescente número de pedidos de auxílio que têm chegado nos últimos anos à Rede Ex aequo, associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros. Segundo Edmundo Martinho, presidente do ISS, há a necessidade de se estabelecerem parcerias público-privadas com organizações homossexuais perante a maior consciencialização da violência física e psicológica que estes jovens sofrem dos progenitores.


"Não cabe à administração pública criar respostas. Mas terá o nosso apoio uma instituição particular de solidariedade social ou equiparada que se propuser a trabalhar com estes casos, a exemplo do que acontece com as parcerias de apoio às vítimas de violência doméstica", respondeu Edmundo Martinho, ontem, quando questionado pela porta-voz da Rede Ex aequo, Rita Paulos, durante a conferência "Políticas Integradas contra a Discriminação das Pessoas LGBT [lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros], no Picoas Plaza, em Lisboa.


Ao JN, a dirigente daquela associação - constituída por jovens dos 16 aos 30 anos - adiantou que são cada vez mais os pedidos de auxílio que jovens homossexuais fazem chegar à Rede Ex aequo, devido à rejeição e agressões dos pais.


"Estes jovens entram num profundo estado de isolamento. É que se há pais violentos, que os agridem e os expulsam de casa, há depois todo um controlo que vai desde vasculhar o telemóvel até levar os filhos à escola, não lhe permitindo o seu espaço individual", explicou Rita Paulos, à margem daquela conferência, organizada pela Associação ILGA Portugal, que termina hoje.


De acordo com um inquérito realizado online a 614 jovens, ontem apresentado pela "Ex aequo", apenas 17,6% dos progenitores aceitam bem a sua opção sexual , perante os 58,5% de jovens que se afirmaram discriminados. Cerca de 90% dos inquiridos admitiram que deram conta da sua homossexualidade antes dos 21 anos e mais de metade admitiu que já teve ideias suicidas.


"Dos vários casos com que já fomos confrontados, lembro-me de um rapaz, de Lisboa, que nos contactou antes de tentar o suicídio. Depois de estar no hospital é que a mãe passou a aceitá-lo", frisou Rita Paulos, salientando que 10% dos jovens entrevistados responderam já ter tentado pôr fim à vida."


Alguns comentários:


Silva - "Preferia que o meu filho se suicidasse a passar pela vergonha de ter de emcarar os vizinhos e a familia.Mas tem tido juizinho até agora.Acho que é a maior degraça que pode acomtecer a um pai"


vma - "Já agora façam também casas de abrigo para o óbvio. Os sem abrigo das cidades, os indigentes, os alcoólicos, os desempregados etc. A teta do dinheiro dos contribuintes há-de secar um dia."


Silva - "Mantenho o que disse.É uma vergonha porque o meu filho com 16 anos se me dissesse que é homossexual é porque teria errado na educação dele.Até hoje tem sido sempre um menino certinho.Acredito que tudo parte da educação.Não todos temos de partilhar da mesma opinião.Sabemos que os homossexuais infiltraram-se na polítca e controlam a opinião pública.Isso é que deveria ser dito."


rsf - "Deve-se apoiar doentes e marginalizados. Entendo que há 2 situações distintas: - A homosexualidade é uma doença, já que esta orientação não é natural (seria impossível o ser humano autosustentar a existência se todos fossem verdadeiros homosexuais):trate-se; - A homosexualidade é moda e promovida pelos media, em nome da liberdade. Isso é apenas brincar com uma coisa muito séria e boa, o sexo."

3 comentários:

NR disse...

Que comentários..epá comentários assim deixam-me doente :|
Uma mãe que preferia que o filho se suicidasse a ser homosexual e ainda me dizem que a homosexualidade é uma doença :| Provavelmente o ódio que essa "pessoa" sente é provável necessitar de ser motivo de hospitalização...

Adoa Coelho disse...

NR
As pessoas que sofrem dessa "doenca" é que realmente deviam ser segregadas e ir para casas isoladas para proteger os que näo fazem mal a ninguém, apenas querem ser felizes!

Faz-se tudo ao contrário...

Azuth disse...

Comentários próprios de pessoas que "vivem num mundo à parte", alienadas da sociedade, da realidade que as rodeia. Não têm meios termos; é o sim ou o não, o preto ou o branco, o homem ou a mulher. Tudo o resto é tomado como "anómalo" ou um "desvio" do "padrão".